O carnaval de Caicó deu-se início no século XIX, onde os foliões saíam às ruas, jogando água e farinha nas pessoas.
Com a entrada do século XX, o carnaval se caracterizou por ser um evento elitista, realizado apenas em clubes exclusivos da elite caicoense, onde era impedido a entrada de pobres e negros. Até que em 1930, surgia o Caicó Esporte Clube, mais conhecido como “Sede dos Morenos”, neste clube os excluídos da sociedade podiam brincar.
Dos clubes, os foliões ganharam as ruas de Caicó. Sua primeira manifestação foi na mesma década de 1930, com a criação do “Bloco do Lixo”. Nessa época já havia as “burrinhas de padre”, que saiam às ruas todos os dias do período carnavalesco. Em 1942, um pernambucano chega à cidade, e introduz um urso ao bloco, que passa então a ser chamado de “Ala Ursa”. O mesmo pernambucano trouxe de seu estado o costume dos papangus e das virgens, homens mascarados travestidos de mulher e mulheres travestidas de homem. Em meados dos anos 60, grupos de amigos começaram a se reunir em agremiações, conhecidas hoje como blocos, onde possuíam sua própria programação.
Com o passar dos anos, vários bairros passaram a ter seu próprio “Ala Ursa”, como os bairros Paraíba, João XXIII e Boa Passagem. Porém o “Ala Ursa” que obteve maior popularização foi o “Ala Ursa do Poço de Santana”, apelidado de Bloco do Magão; fundado por amigos e coordenado por Ronaldo Batista, o Magão.
Das noites, o primeiro marco do carnaval noturno caicoense foi o “Baile do Preto e Branco”, realizado no Atlético Clube Corintians. Nesse baile, os foliões só poderiam entrar se estivessem vestidos de branco e preto, referência às cores de um dos times de futebol da cidade.
Em 2001, devido a transtornos gerados pela obstrução da BR 427, a festa foi transferida para a Praça Dom José Delgado. A partir daí seu crescimento não parou, até que em 2007, o carnaval foi novamente transferido, desta vez para o Complexo Turístico Ilha de Santana, onde se mantém alguns eventos até os dias atuais.